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terça-feira, 14 de julho de 2009

Amor de Guilherme (continuação)


Dia chuvoso...

Guilherme acorda com o pensamento inquietante:
_ Serei feliz?

Levantasse, cuida das coisas corriqueiras, mas de forma latente aquele pensamento o atormenta.
Segue para o curso que tomou por refugio. Tantas pessoas de rostos igualmente diferentes, com seus olhares voltados para dentro dos olhos. Parece ser o único que observa o que acontece a sua volta, todos estão dentro de seus próprios olhares. Ele tenta encontrar algum ser de vida externa, mas segue sem sucesso
O professor o indaga a respeito do que pensa dos sentimentos humanos e Guilherme esquivasse dizendo que são eles que nos tornam diferentes dos animais.
Escolhe manter o silêncio incomum na sala repleta de jovens morbidamente quietos.
Tudo a sua volta lhe parece estranhamente normal, nenhum traço de novidade, tudo se encaixa, se completa, se anula. Nada diferente de um mundo projetado sem cores e sem sabores.
Por um momento ele contempla a face do desânimo, até que uma centelha de alegria chega à sala dos jovens silenciosos.
Disseram que ela veio de uma cidade distante, onde o jeito de falar e viver se difere bastante do seu, conduzida pelo professor ela sentou-se numa carteira na a esquerda da sala, onde pouco podia ver-se de sua fisionomia, alem de olhar que fitava a sala com certo ar de observação.
Passaram alguns dias e Guilherme estava encantado com aquele olhar contemplativo da nova pessoa, mas a vida havia lhe ensinado que a paciência é uma virtude.
Aquela atitude observadora o incomodava e ao mesmo tempo fascinava, resolveu tentar uma aproximação, da forma mais branda possível.
Entretanto impulsionado pela curiosidade, de repente a parou num corredor e disse:
"Como é seu nome?" (suor nas mãos, tudo parecia girar e aquela sensação de 'frio na barriga')
Com uma calma quase angelical ela respondeu:
"chamo-me Maria Amada e você deve ser Guilherme"
Naquele breve diálogo houve muito mais que umas poucas palavras. Existiu aquele olhar que disse tudo que jamais poderia ser dito verbalmente. Foram alguns segundos de silêncio ou horas de conversa? Não se sabe.
Seguindo a vida agora com mais cores e sabores, Guilherme e Maria Amada escolheram a verdade do sentimento, aliada a razão daquele momento. Decidiram caminhar juntos para felicidade, sem deixar a razão e paixão se confrontarem.
Um amor repleto de amizade e compreensão foi assim que definiram seu relacionamento. Meses juntos, nenhuma desavença, caminhando juntos de mãos dadas à felicidade.
Seus projetos completavam- se como água e a sede.
Um amor maduro foi o que percebi quando os vi juntos pela primeira vez. 
Mas as vezes o tempo é rival da felicidade...

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